quarta-feira, 16 de outubro de 2013

SUÍÇA EM UMA SEMANA

ROTEIRO PARA CONHECER A SUÍÇA EM UMA SEMANA

Dia 19/09/2013: Partida de Recife para Lisboa. Um voo desafiador. São quase oito horas dentro do avião, imaginando a escuridão do oceano atlântico sob nossos pés. Um pesadelo para os ínsones (sem trocadilhos!) e um desafio inicial da viagem. Chegando em Lisboa, adiante o relógio em quatro horas e se prepare para enfrentar uma longa escala, no enorme e complicado aeroporto de Portugal. Enfim, o embarque para Genebra, quase três horas após.

Dia 20/09: Chegando a Genebra. As primeiras vistas aéreas de Genebra já mostram a exuberância da primeira cidade ocidental da Suíça, na fronteira com a França. A cidade fica exatamente no canto oeste do gigantesco lago Léman. Uma das suas marcas registradas, o Jat D'Eau é o mais alto do mundo. atingindo 140 metros de altura. O jato já é visível do avião, observe:



Apesar de sua importância e movimento, o Aeroporto internacional de Genebra é relativamente perto do centro, e tem fácil acesso por ônibus e trem. Logo de cara, deixe tudo no hotel e faça um passeio pela cidade. Comece pela região em torno do lago, onde você não pode deixar de ver o Jardim Inglês, as lindas pontes, as águas cristalinas do lago e os inúmeros prédios sofisticados que margeiam o lago, como você pode ver abaixo.




O jato d´água é deslumbrante. Visto das muretas, sempre com flores cuidadosamente cultivadas, o jato corta o céu cor de rosa do final da tarde, deixando ainda mais lindo o lago Léman. Veja:




Os únicos moradores do lago são inúmeros cisnes, que nadam ao sabor da correnteza. A água é tão limpa que é possível ver o fundo do lago, em todos os pontos. Apesar da tentação, é proibido nadar! Ao redor do lago, observam-se sofisticados prédios comerciais e residenciais de Genebra.


Dia 21/09: Após uma merecida noite de sono, aproveitei a manhã de sol (e ventinho frio de outono) para dar uma volta no centro antigo de Genebra. Muitas surpresas a serem exploradas, como essa fonte de água potável, uma das inúmeras que se espalham pela cidade. Aliás, é bom que se diga que, na Suíça, a maioria das fontes nas ruas têm água potável. Geladinha e deliciosa.




São inúmeros os jardins e parques que enfeitam Genebra. Abaixo, um jardim que fica aos fundos da Catedral Metropolitana. Esse templo de paz natural dá vista para a parte mais baixa da cidade, onde se vê o lago e o jato d´água. Vale alguns minutos de contemplação e calma nesse banquinho, só pensando no privilégio de estar aí.


Outro parque perfeito de Genebra, começando a mostrar o amarelo das folhas de outono.



Imprescindível: uma visita ao Museu de História Natural de Genebra. Você poderá ver, por exemplo, esse fóssil de mamute, encontrado quase em perfeito estado, nos picos gelados do país. Emocionante, em se tratando de um animal extinto há milhões de anos.



Após o almoço, é hora de sair do hotel, pegar o trem em direção a Montreux. Antes, uma parada na belíssima cidade de Vevey, internacionalmente conhecida por ser a sede mundial da empresa Nestlé, Mas Vevey é uma cidade linda. Debruçada sobre o lago Léman, tem todas as características típicas de uma cidade pequena da Suíça: linda, organizada, limpíssima, impecável, natureza exuberante, água por todo lado... confira nas fotos. Abaixo, o rio que corta a cidade. Nem preciso dizer que a água é limpíssima, cristalina e tem um tom azulado, como sempre.



Vevey também tem inúmeros parques e praças, extremamente bem cuidados, como é possível ver abaixo. Sempre com vista para o lago. Dá vontade de ficar lá o dia inteiro, apenas em contemplação.



Deixando Vevey, novamente por trem, chega-se em poucos minutos a Montreux, a lendária cidade suíça, sede do Festival de Jazz de Montreux. A cidade é agitada, charmosa, e muito sofisticada. Tudo muito caro, cuidado com as escolhas de restaurantes!! Abaixo, uma construção típica de Montreux, com vista para o lago.


Em Montreux, uma visita obrigatória é ao castelo de Chillon, que fica a cerca de 3 km do centro. Foi construído em torno de 1150, e era um ponto estratégico para controle de tropas que cruzavam a Europa do sul para o norte. Há evidências arqueológicas, entretanto, que remetem à idade do Bronze. Hoje, é um dos pontos turísticos mais visitados da Suíça. Veja abaixo.





O famosos Cassino de Montreux. Este foi a sede do antológico Festival Internacional de Jazz de Montreux, que já recebeu nomes como Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald e a brasileira Elis Regina, que fez um show arrebatador em 1978, cujos principais momentos estão acessíveis no youtube. Hoje, o prédio funciona como um cassino, após um incêndio que quase o destruiu, há algumas décadas. Entrar lá é uma grande emoção, especialmente para quem já assistiu ou ouviu a tantos momentos de pura arte jazzística, concentradas no Cassino de Montreux, às margens do lago Léman.



Continuando o passeio pela margem do lago, é possível ver árvores nativas, cuidadosamente plantadas e cultivadas, além de flores e esculturas, tudo em perfeita harmonia com a grandiosidade do lago e das montanhas que se vêem do outro lado, já parte dos alpes franceses e suíços.




Quando o sol vai se pondo, o lago Léman parece ainda mais majestoso. A luminosidade é indescritível, talvez pela posição geográfica ocupada pela Suíça. Veja as fotos, e confira o momento do por do sol em Montreux.







Homenagem ao ainda presente Festival Internacional de Jazz de Montreux.



Dia 22/09: Acordando cedo, caminha-se do hotel até a estação de trens, para pegar uma linha cramalheira (uma linha férrea com uma espécie de catraca, para subidas íngremes). A linha sobre até os Rochedos de Naye, a 2.042 metros de altitude, percorrendo 1.600 metros de desnível em 45 minutos. Do alto dos Rochedos, a vista é deslumbrante. De um lado, o lago Léman, com as cidades de Montreux e Vevey. Do outro, a cadeia do Mont Blanc, um maciço de montanhas que fica entre a Suíça, Itália e França. Veja as fotos.


O lago Léman começa a ficar pequenino, visto do alto!

A paisagem vai ficando cada vez mais linda.





Lago Léman, avistando-se, em sequência, as cidades de Montreux e Vevey.




 Visão dos alpes suíços.





 Interminável cadeia de montanhas.





 Local para se encontrar com sua paz interior.








 Um jardim alpino, com as principais espécies da flora dos alpes, incrivelmente identificadas com plaquinhas!





 As vistas são assim mesmo: de tirar o fôlego!




Após o almoço, pé na estrada novamente... ou melhor, no trem!! trem para Interlaken, passando por Spiez, onde desci rapidamente do trem para fazer algumas fotos. A cidade parece foto de chocolate suíço!! confira nas fotos a beleza de Spiez.






Dia 23/09: Após uma noite de descanso em Interlaken, resolvi conhecer algumas cidades alpinas, que ficam a poucos quilômetros. Inicialmente, peguei um trem de Interlaken Ost até a cidade de Lauterbrunnen (abaixo).









De Lauterbrunnen, peguei um teleférico, subindo até Wengen, e de lá, outro teleférico voltando para a cidade de Grindewald. Paisagens deslumbrantes. Confira a seguir.







Chegando em Grindewald (fotos abaixo, cidade linda), tomei um trem de volta para Interlaken.




Dia 24/09: Passeando e pedalando em Interlaken. A cidade fica situada entre os lagos de Thune e Birenz, e o seu nome significa justamente "entre os lagos", na língua oficial desta comuna, o alemãoÉ uma das cidades mais charmosas da Suíça. Cercada por montanhas e lagos, Interlaken é procurada por vários turistas durante o ano inteiro. Veja nas fotos abaixo porque a cidade é considerada uma das mais belas da Suíça. Fica localizada no centro do país.








Após o almoço, de volta ao trem, a caminho de Berna, capital da Suíça. Antes, uma última vista de Interlaken, com seus picos nevados.




Chegando em Berna, capital da Suíça. A cidade conta com 133 920 habitantes e estende-se por uma área de 51,6 km², possuindo uma densidade populacional de 2 595 hab/km². É atravessada pelo rio Aar e limita-se com outras onze comunasBerna está inscrita no Patrimônio Cultural Mundial da UNESCO, graças ao patrimônio medieval de sua Cidade Antiga, que conseguiu atravessar os séculos. Entre os berneses ilustres encontram-se o cientista Albrecht von Haller, o poeta Jeremias Gotthelf, o escultor Bernhard Luginbühl e os pintores Ferdinand Hodler Paul Klee. O físico de origem alemã Albert Einstein desenvolveu sua Teoria da Relatividade em Berna. A língua oficial nesta comuna é o alemão. Confira a beleza de Berna nas fotos abaixo.


Fenômeno típico da Europa: olha a quantidade de aviões cruzando o céu, simultaneamente, ao por do sol em Berna.



Essa fonte brota do chão... lindo demais.

Parlamento Suíço. Vale conhecer o interior, é permitido. Cheguei a acompanhar uma sessão, em que estavam sendo votados alguns projetos... claro, não entendi nada!! tudo em alemão e francês!!





Dia 24/09: Após a noite de descanso, já comecei bem o dia, com uma visita à residência em que Albert Einstein morou. Durante esse período, inclusive, ele desenvolveu a Teoria da Relatividade. A casa é mantida exatamente da mesma em que o físico alemão a deixou. Veja nas fotos.





Berna é uma cidade linda, cercada por natureza. Bosques e rios, tudo impecável. Limpíssimo.




Bosque dos ursos. Um pequeno parque, com três ursos, dentro da área urbana.




Dia 25/09: Claro, Berna merece ser conhecida também através de um pedal. Bosques, rios e a cidade. Tudo harmonioso e perfeito.








Rápida visita ao Museu de História Natural de Berna. Cristais, animais empalhados...






De Berna, tomei um trem em direção a Lucerna, após o almoço. Como cheguei cedo, resolvi fazer um passeio obrigatório, próximo a esta cidade: visitar o monte Pilatus. Perto de Lucerna, e facilmente acessível mediante transporte público, o Monte Pilatus (2.132m) continua sendo muito apreciado por jovens e idosos. A presença de seus dois teleféricos, dois hotéis, sete restaurantes, o trem de cremalheira mais íngreme do mundo e o maior parque de cordas da Suíça Central tornaram esse dia realmente inesquecível. Confira nas fotos abaixo. 











Dia 26/09: Conhecendo Lucerna. A cidade situa-se a 436 metros de altitude, e tem 76 156 habitantes (2009). Situada nas margens do rio Reuss e banhada pelo Lago dos Quatro Cantões, Lucerna possui muitas indústrias: metalúrgica, química, têxtil, madeireira e de aparelhos eléctricos. A cidade é também um dos principais centros turísticos do país e sede de festivais internacionais de música. Os monumentos principais de Lucerna são: restos de fortificações medievais, Torre da Água (construída cerca 1300), pontes de madeira (como a de Kapellbrücke) das mais antigas da Europa, colegiada (séc. XVII), igrejas dos Franciscanos (c. 1200) e dos Jesuítas (1560) e a câmara municipal de estilo renascentista.



Torre da Água.




Restos de fortificações medievais.



Parada para comprar lembranças para familiares e amigos. Autênticas! na Torre da água de Lucerna!



Experimentando um delicioso vinho suíço. Doce e suave, como o país.



Após o almoço, tomei um trem para Zurique. A maior cidade da Suíça se localiza no nordeste do país, possui 379 915 habitantes (2012). Sua região metropolitana, também a maior aglomeração urbana do país, conta com cerca de 1.8 milhão de habitantes. No período pós-Segunda Guerra Mundial, a cidade conseguiu estabelecer uma significativa evolução urbana e econômica, sendo hoje considerada uma cidade global "alfa", a mais alta classificação para se denominar uma "cidade global", estando no mesmo patamar de importantes cidades como Nova York, Londres, Paris, Tóquio e Hong Kong. Sedia inúmeros bancos, instituições financeiras, organizações e entidades internacionais das mais variadas do mundo. Em termos de qualidade de vida, foi eleita em 2012 a melhor "grande cidade para se viver" no mundo, de acordo com critérios de  educação, saúde, segurança pública e desenvolvimento econômico. Fotos de Zurique abaixo.







Dia 27/09: De Zurique, resolvi seguir até o extremo leste da Suíça, na direção de Konstanz, cidade alemã que faz fronteira com o país. Ao chegar na estação de trem de Konstaz, atravessei a rua e já estava na Alemanha! a cidade é simplesmente linda. A única fora da Suíça, mas valeu à pena a visita. Confira nas fotos.












À tarde, tomei o trem de volta a Zurique, Berna e segui para Friburgo, uma cidade que estava inicialmente fora do roteiro. Vi que teria sido um erro deixar de conhecer uma das mais lindas cidades da Suíça. Assim como a cidade de Berna, Friburgo preservou inteiramente seu centro medieval, que é hoje um dos maiores da Europa. Consistindo dos vizinhos Bourg, Auge e Neuveville, seu centro antigo é rico em fontes e igrejas datando do século XII até o século XVII. Sua catedral gótica, culminando a 76 metros de altura, foi construída entre 1283 e 1490As fortificações de Friburgo formam a arquitetura militar medieval mais importante da Suíça: 2 km de muralhas, 14 torres e um grande bastião. A parte baixa da cidade (Neuveville) está ligada pelo Funicular de Friburgo à parte alta (St-Pierre). Confira nas fotos abaixo.




Aproveitando o final de tarde ensolarada, um pedal em Friburgo. Obrigatório!





Dia 28/09: Após o descanso à noite, começo a manhã passeando pelas ruas de Friburgo. Cidade linda, preservada em seus traços medievais. A beleza do outono já aparecia nas árvores.





No meio da rua, um pianista e seu piano de cauda. Coisas da Europa...




À tardinha, retorno para Genebra, encerrando com chave de ouro essa fantástica viagem à Europa. Ainda havia muito o que ver na linda cidade! Começando com o Parque de Genebra, às margens do Lago Léman.









À noitinha, últimas fotos em Genebra. No outro dia, retornaria ao Brasil, deixando um pedaço de minha alma na Suíça. Um dia, volto lá, para pegar de volta...