segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O PODER MALIGNO DO CONVENCIMENTO






Ontem, assisti a entrevista do pastor Silas Malafaia, em De Frente com Gabi. Tenho uma opinião: acredito que ele é ateu geral! estudou profundamente a Bíblia, para dela tirar os argumentos para alicerçar sua inegável capacidade oratória e o caminhão de bobagens que ele diz, mantendo a estrutura que suga dinheiro dos inocentes, dos que sofrem, da humanidade tão órfã, tão entregue à própria sorte, ao próprio destino. Com base na interpretação literal de um manuscrito milenar, escrito por homens comuns, Silas não deixa brechas, tem argumento para tudo (embora tenha-se revelado profundamente ignorante, quando às fundamentações neurofisiológicas, genéticas e hormonais que já explicam o comportamento sexual). Fica fácil estar bem argumentado, quando a fonte é sempre "a palavra", cuja interpretação é pessoal e manipulável. Ficaria difícil estar bem argumentado se a fonte de inspiração fosse o seu próprio pensamento, sua estrutura mental, sua cultura, seu aprendizado, seu caráter e sua ética. Porque cada um tem sua verdade, e nenhuma é absoluta. Ao comparar homossexuais com criminosos, traficantes e prostitutas, o pastor mostra o quanto é mesquinho, vil, pequeno e afastado do que se chamaria de "caridade". E o pior: mostra o quanto essas suas características de personalidade são insignificantes, quando o que está em jogo é montar e manter uma gigantesca empresa capitalista, que o fez milionário. Dos ventos do passado, o simples, humilde e filósofo (talvez o primeiro deles!) Jesus Cristo estaria desolado, ao ver o quanto sua pregação foi distorcida e usada como base para extorquir, roubar, mentir, discriminar e semear discórdia, ódio, rancor, sectarismo e ignorância entre os homens. A forma de um Deus em que acredito (parafraseando Gabi) sempre me afastou de todas as religiões, felizmente.

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