quarta-feira, 26 de novembro de 2014

COMENTÁRIO SOBRE TEATRO - "MAMBEM BÊ-A-BÁ, SEM RIR, SEM CHORAR"




No espetáculo "MAMBEM BÊ-A-BA, SEM RIR, SEM CHORAR. Em plena segunda-feira, uma plateia animada se deliciou com esse excelente espetáculo, no teatro do SESC CENTRO, em Campina Grande. Com dramaturgia de Diógenes Maciel, direção de Duílio Cunha, o espetáculo é uma homenagem ao universo do teatro mambembe, que percorre o país-interior, apresentando espetáculos em locais inusitados, com base no improviso e no talento. Sempre o talento! A peça conta a saga da companhia de Frazão (maravilhosamente interpretado pelo genial Chico Oliveira), diretor da companhia teatral homóloga, convidado a apresentar seus espetáculos em cidades do interior da Paraíba. Nas idas e vindas, aparecem situações previsíveis, como as dificuldades financeiras, os conflitos e as paixões entre os personagens, a influência da política sobre a produção cultural e o dia-a-dia dificílimo de quem vide de, e para a arte, em produções independentes. Destaquem-se as referências aos espetáculos "AS VELHAS" e "FOGO FÁTUO", da teatróloga paraibana Lourdes Ramalho. O figurino (coordenado por Maria Anunciada) e a iluminação (Napoleão Gutemberg) são impecáveis. O texto flui, divertido e inteligente, amarrado por uma direção cênica criativa e adequada ao tema proposto. Um dos pontos altos do espetáculo é reunir, num mesmo palco, atores veteranos (o já citado Chico Oliveira, André Canuto, os geniais Antônio Nunes, Arly Arnaud, a impagável Fátima Ribeiro e a cantriz Tânia Régia) com atores da nova safra, também cheios de talento (como Fabiano Raposo, Gustavo Salles, Ivanneide Oriques e Roger Planchon). Sem dúvidas, um dos melhores espetáculos já produzidos em Campina Grande. Se você perdeu, tem uma nova chance: "MAMBEM BÊ-A-BA, SEM RIR, SEM CHORAR" volta ao Teatro Municipal Severino Cabral no próximo dia 30, participando da sua programação de aniversário.

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