segunda-feira, 10 de março de 2008

CAMINHADA DE LAGOA SECA PARA A CACHOEIRA DO PINGA, QUE ESTÁ COMPLETAMENTE SECA AGORA! (09/03/02008)

Fiz esta caminhada já sabendo o que iria encontrar: a cachoeira do Pinga seca, pela primeira vez. Mas, como acredito que tudo é bonito na natureza, resolvi conferir como seria uma cachoeira sem água...
Pois bem: saí do meu apartamento para o tradicional café-da- manhã no Henrique's Lanches. Um suco, um sanduba de queijo de manteiga, um café-com-leite, e eu estava pronto para a luta.Peguei um ônibus na rodoviária velha para Lagoa Seca (R$1,40). Saltei lá, e peguei uma estrada que leva à cachoeira do Pinga (é fácil saber lá, todos informam). No trajeto, havia uma bifurcação: à direita, o caminho para a cachoeira; à esquerda, um lugarejo chamado Amaragi. Desta vez, resolvi seguir um caminho diferente. Há uma bifurcação, com uma placa. Para um lado, Amaragi. Para o outro, Cumbe, Jucá do Cumbe e Boa Vista. Como havia ido por Amaragi na primeira caminhada, peguei a direita, o que poderia ter me dado um problema sério, que explicarei depois. Logo no início, uma bela surpresa: uma criação pequena de avestruzes. Há árvores de grande porte, como mangueiras, cajazeiras, aroeiras, acácias e palmeiras, e grandes plantações de bananeiras. Vários lugarejos, pessoas simples e simpáticas. Começo a descer, a estrada fica um pouco mais íngreme, e as paisagens, ainda mais bonitas. Pergunto a um senhor se aquele caminho também vai até a cachoeira, e aí vem a questão: ele diz que sim, mas que o dono do último sítio, antes da mesma, não está permitindo a passagem, devido ao vandalismo que vem ocorrendo na região. Eu teria de voltar todo o caminho (mais de uma hora de caminhada) para pegar a tal da bifurcação para Amaragi. Resolvi arriscar, pois tenho uma lábia razoável... chegando ao sítio, já próximo à cachoeira, a porteira estava aberta, e conversei com o sobrinho do dono, o qual, para minha sorte, não estava!! Expliquei que só queria ir até a cachoeira, tirar umas fotos, etc... ele não só permitiu, como me acompanhou até lá, junto a um irmão menor. De fato, a cachoeira está completamente vazia, mas tem uma beleza estranha, as pedras são desenhadas, polidas pela água. É muito bonito, assim também. Muito cuidado com os marimbondos, agressivos, mesmo que você não os moleste. Passe muito longe deles, que são muito abundantes por lá. Desci até a última das quedas, tirei umas fotos, e resolvi subir pelo lado "liberado", depois de agradecer aos meus amigos e guias. A subida pelo lado direito é íngreme, e bastante cansativa. São cerca de 10 km entre Lagoa Seca e a cachoeira, ou seja, um percurso total de cerca de 20 km. Dificuldade considerável para os não-treinados, pois o terreno é bastante íngreme, especialmente próximo à cachoeira, e você tem de enfrentar toda a estrada de volta. Voltando a Lagoa Seca, peguei um ônibus de volta a Campina (R$ 1,40). A duração total da caminhada é de cerca de três horas e meia. Dificuldade média a grande. Nunca esquecer: duas meias, calçado confortável, filtro solar, câmera e hidratação. CUIDADO COM OS MARIMBONDOS. Riscos também de quedas nas pedras, por vezes escorregadias, especialmente se houver água corrente.

Veja as fotos:

http://picasaweb.google.com.br/fabiogalvaodantas/CAMINHADADELAGOASECACACHOEIRADOPINGASECA

Boa trilha!!

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