domingo, 2 de março de 2008

CAMINHADA ECOLÓGICA DE LAGOA SECA PARA MATINHAS (23/02/2008)

Hoje (23/02/2008), fiz uma caminhada ecológica maior, pela primeira vez, sozinho. Estranho, para falar a verdade. Mas, ao mesmo tempo, a natureza oferece tanto, que inebria, e afasta os pensamentos tristes ou sombrios que me pudessem vir à mente. Além disto, os tantos amigos que sempre caminharam comigo vão estar sempre ao meu lado, de uma forma ou de outra, mesmo que em pensamento, em intenções, em boas lembranças. Parece que ouvia a voz de cada um, mostrando um detalhe, lembrando um fato, sorrindo, apontando árvores e paisagens diferentes.

A caminhada ecológica oferece não apenas o contato maravilhoso e inexplicável com a força bruta da natureza, mas também nos dá a chance única de poder refletir sobre a vida, sobre tudo o que tem acontecido em cada dia de nossa existência. Neste sentido, a gente sempre volta mais equilibrado, mais calmo, mais em paz, pois elabora os pensamentos e organiza o que estava pendente. Lamento muito pelos que não gostam ou não podem fazer caminhadas ecológicas.

Pois bem: saí do meu apartamento no bairro do Catolé, a pé, até o centro, onde, tradicionalmente, tomávamos café-da- manhã no Henrique's Lanches. Um suco, um sanduba de queijo de manteiga, um café-com-leite, e eu estava pronto para a luta.

Peguei um ônibus na rodoviária velha para Lagoa Seca (R$1,40). Saltei lá, e peguei uma estrada que leva à cachoeira do Pinga (é fácil saber lá, todos informam). No trajeto, havia uma bifurcação: à direita, o caminho para a cachoeira; à esquerda, um lugarejo chamado Amaragi. Como sabia que não havia água na cachoeira (um paradoxo nordestino, nessa época do ano), e já conhecia de cor este caminho, resolvi ir por Amaragi, para conhecer um caminho novo. Cheio de verde, mangueiras, plantações, nem parece que estamos na época mais seca do ano. O caminho é praticamente deserto. Logo no início, uma bela surpresa: uma criação pequena de avestruzes (ou emas??? nunca diferencio...). Os animais vão aparecendo no caminho: diversos tipos de pássaros, galinhas, cachorros, vacas, sagüis e formigas. Há árvores de grande porte, como mangueiras, cajazeiras, aroeiras, acácias e palmeiras, e grandes plantações de bananeiras. Chegando a Amaragi (quase uma hora de caminhada, em passo rápido), vejo que é um lugar pequeno, apenas uma igrejinha, algumas casas, um grupo escolar, e alguns moradores simpáticos, que me dizem para virar à direita, descendo na direção do rio (seco). Começo a descer, a estrada fica um pouco mais íngreme, e as paisagens, ainda mais bonitas. A chegada ao rio mostra a decepção que eu já previra: completamente seco, embora cercado por uma vegetação verde e vigorosa.

Continuando, uma grande subida, e mais um trecho muito bonito, até Matinhas, uma cidade pequena e aconchegante. De lá, peguei um outro transporte de volta a Campina (R$ 3,00).

A duração total da caminhada é de cerca de duas horas e meia. Dificuldade média. Nunca esquecer: duas meias, calçado confortável, filtro solar, câmera e hidratação.
Boa trilha!!

FOTOS DESTA CAMINHADA: http://picasaweb.google.com.br/fabiogalvaodantas/CaminhadaDeLagoaSecaParaMatinhas

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